Resenha: Casais inteligentes enriquecem juntos

Coluna: Conversando com o marido / Anderson Ricardo

Oi pessoal, tudo bem?

Hoje quero indicar um livro que li já há bastante tempo, antes mesmo do casamento, e que acho uma leitura válida para os noivos. O livro do escritor brasileiro Gustavo Cerbasi, Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, toca em um assunto que é o grande motivo de brigas entre casais: o financeiro.

Na primeira parte do livro, são apresentados perfis financeiros: poupadores, gastadores, descontrolados, desligados e financistas. Depois, o livro aborda o planejamento financeiro em cada etapa do relacionamento. Acho legal que ele começa com experiências, dicas e exemplos para as finanças já no namoro e no noivado. Na fase do namoro, por exemplo, o autor lembra que é um momento de conquista e na ânsia de surpreender e ser diferente, muitos gastam mais do que podem com presentes e programas caros, justamente em uma fase que poderia ser positiva financeiramente, já que em geral há pouco comprometimento da renda e custos fixos para manter uma família e uma casa. A sugestão? Bem, ao invés de gastar comprando presentes caros, porque não usar a criatividade e fazer você mesmo um presente original? Na mesma linha de raciocínio, o livro apresenta ideias para planejar as férias e economizar para montar a casa, por exemplo.

Para os recém-casados, são abordadas dúvidas e situações que todos passam: conciliar as contas bancárias? Que regime de casamento adotar? Como fazer o controle do orçamento doméstico? Como estabelecer metas? E quando vêm os filhos?

 

Alguns box com detalhes interessantes merecem destaque. Por exemplo, em “A crise dos sete anos”, o autor conta que acha curioso que muitos casais afirmam que depois de sete anos as coisas “azedam”. A explicação seria que no começo, tudo é novo e reluzente. Enxoval, faqueiros, copos, eletrodomésticos, tudo funciona perfeitamente e tem boa aparência. Depois de cerca de sete anos, os talheres ficam opacos, o enxoval tem aparência de usado, algumas coisas não funcionam mais... Esses problemas teriam relação com a famosa crise dos sete anos, que portanto poderia ser evitada se o casal tivesse disciplina financeira com vistas para o futuro e conseguisse ir renovando a casa. A história é um pouco forçada, mas talvez faça algum sentido, não?

A tão desejada independência financeira, segundo o autor, viria depois de uma reeducação em que o casal gastaria menos do que ganha e traçaria planos para conquistar suas metas. Sugestões de onde economizar são práticas; por exemplo, planos de telefone, compras em supermercado e financiamentos.  E sugestões de investimento também.  A conclusão é que o dinheiro acumulado, gerando renda, traria paz e segurança ao casal.

Sei que é difícil chegar a situações hipotéticas descritas no livro. Mas acho válido aplicar os conselhos, organizar o planejamento financeiro doméstico e ter uma reserva para imprevistos. Formar uma parceria inteligente com o seu cônjuge com o objetivo de administrar as finanças vai render certamente bons frutos pela vida inteira.